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A aparição segundo uma gravura da época |
No caso de Mélanie e Maximin, suas vidas foram cheias de manifestações de predileção divina, sem dúvida.
Mas também padeceram muito, perseguidos pelo ódio diabólico e pela atuação de associações anticatólicas revolucionárias.
É doloroso constatá-lo, igualmente por sacerdotes, bispos e até cardeais adeptos das ideias que confluiriam para o perturbador progressismo hodierno, as quais a Santíssima Virgem apontou como uma das causas da cólera de Deus.
Eis alguns exemplos. Em 1853 o Pe. C. J. Déléon, sacerdote em interdito, publicou sem autorização eclesiástica dois volumes atribuindo a aparição a uma montagem de uma piedosa senhorita, Constance Saint-Ferréol de Lamerlière, que teria ludibriado as crianças.
O mirabolante livro foi condenado pela Igreja, e Constance pediu à Justiça que seu nome fosse tirado do escrito. O pedido foi recusado sem explicações em todas as instâncias judiciárias. Por isso, para o Judiciário francês, La Salette foi uma fraude religiosa.
O Cardeal Luís de Bonald, primaz da França e líder liberal, chegou a escrever que a aparição fora uma falcatrua, porque visaria explorar comercialmente a água da fonte que começou a fluir ininterruptamente no local da aparição.
Tendo sido flagrado fornecendo à Santa Sé informações falsas sobre o caso, para dizer pouco, o Cardeal silenciou, mas suas insinuações e negações envenenaram o ambiente católico contra a aparição e os videntes.